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Ano Jubilar do 70º Aniversário de Fundação

Carmelo de São José e da Virgem Mãe de Deus- Santos
15/12/1948   15/12/2018

Carta- Convite à Diocese de Santos

 

Carmelo de São José e da Virgem Mãe de Deus

Santos, 14/11/17

Louvado seja N. Senhor Jesus Cristo!
A D Tarcísio Scaramussa, estimado bispo diocesano,
a D Jacyr F. Braido nosso bispo emérito, ao nosso Clero (Sacerdotes e Diáconos) e Seminário São José

Na alegria de iniciar a celebração do Ano Jubilar dos 70 anos de Fundação deste nosso Carmelo de São José e da Virgem Mãe de Deus - 15/12/17-15/12/18 e renovando o sentido de pertença à santa Igreja e a nossa inserção nesta igreja particular deixamos o Convite aberto a todos e a cada um para participar deste tempo de graça.

Crescemos juntos. O Carmelo chegou nesta querida diocese de Santos quando contava apenas 24 anos. Desde o início até hoje gozamos do apoio e dedicação dos nossos Bispos e Sacerdotes dos quais reconhecemo-nos devedoras. Fazemos parte da família diocesana e assumimos o compromisso de acompanhar com solicitude as dificuldades e alegrias desta diocese e orar por todos os seus membros, especialmente pelos Sacerdotes.

Pedimos humildemente a todos um “memento” no Santo Sacrifício da Missa para que possamos viver a exortação de nossa Santa Madre Teresa de Jesus que servirá de bússola a nortear este Ano Jubilar: “Agora começamos; procurem, pois, começar sempre de bem para melhor” (Fundações 29,32) e o lema “Voltar ao essencial”.

Gostaríamos de contar ao longo das comemorações mensais com a participação do nosso Clero e paroquianos, para culminarmos na Concelebração do nosso Jubileu com a presença significativa dos nossos Sacerdotes, Diáconos e Seminaristas. Ocasião esta para renovar em nós o desejo fundacional de nossa Santa Madre Teresa de Jesus: “Ó irmãs minhas em Cristo! Ajudai-me a suplicar isto ao Senhor, que para isto vos juntou Ele aqui. Esta é a vossa vocação; estes hão de ser os vossos negócios; estes hão de ser os vossos desejos; aqui as vossas lágrimas; estas as vossas petições” CP3,5 e reafirmar em nossos Sacerdotes a realidade de “colaboradores do próprio Deus” nesta obra de amor realizada desde o início da Fundação deste Mosteiro.

Agradecidas pedimos-lhes nos abençoem.
Irmãs Carmelitas Descalças

 

Carta do Pe Geral na Abertura do Ano Jubilar

Roma, 21 de Novembro de 2017

Caríssimas Irmãs do Carmelo de Santos

Graça e paz em Cristo Jesus!

Na abertura do ano jubilar dos 70 anos de fundação do Carmelo de São José e da Virgem Mãe de Deus no próximo dia 15 de dezembro, faço-me presente entre vocês com esta pequena mensagem como sinal de comunhão de toda a Ordem.

Antes de tudo, a celebração de um jubileu é uma ocasião para dar graças a Deus pela sua fidelidade na história da salvação e na história de cada comunidade. Uma fidelidade manifestada sobretudo pela sua Presença constante no Mistério da Eucaristia, bem como no chamado e na vida de tantas Irmãs que ao longo destes anos, no silêncio e na oração, testemunharam o carisma da Santa Madre Teresa. É ocasião para dar graças a Deus também por tantos Ministros ordenados, que com a celebração dos Sacramentos tornaram possível estas ações da graça divina. Dar graças a Deus ainda pela sua Providência, manifestada através de tantos e beneméritos benfeitores do passado e do presente. Tudo isso são alguns sinais, entre outros, que nos permitem ver a constante fidelidade Daquele que as chamou à vida contemplativa no Carmelo teresiano e continua sustentando-as no caminho de seguimento a Cristo com “determinada determinação” (Caminho, 21,2).

No percorrer deste caminho faz-se necessário centrar-se no essencial da vida contemplativa do Carmelo Descalço: a busca da amizade com “Aquele que sabemos nos ama” (Vida 8,5), através de uma vida orante que transforme a vida, e que de acordo com S. Teresa significa “ser tais” (Caminho 3,2). O que só se consegue pela vivência das virtudes do amor fraterno, do desapego e da humildade (Caminho 4,4). E a partir desta união de cada uma com Cristo, viver como ele na vontade do Pai e com o espírito batalhador de Teresa: “estando enclausuradas, lutemos por Ele” (Caminho 3, 5).

Para isso, é necessário que cada uma ajude as outras, no desejo de ser agradáveis a Deus e dar-lhe contento (Vida 16,7). Este aspecto comunitário é da mesma forma essencial na vocação ao Carmelo teresiano. Para Teresa, de fato, na comunidade a presença de Cristo ressuscitado ilumina a vida comunitária, é o seu centro e anda com as irmãs. A comunidade está também sob o cuidado de Maria SS. e de S. José (Cf. Vida 32, 11): eles são modelos de fé e de adesão incondicional da Palavra divina que lhes confia uma missão única na história, não obstante sua condição humilde e pobre. Assim também cada Comunidade carmelitana é chamada a viver como Maria e José: servos/as disponíveis do Senhor, vivendo numa constante companhia com Jesus.

Ao mesmo tempo na busca de encarnar em si pela fé a mensagem do Evangelho, necessita-se de coragem e valentia, bem como de um grande desejo de centrar vida no essencial: “Agora começamos… Procurem começar sempre de bem em melhor!” (Fundações, 29,32). Aqui temos um outro aspecto importante para a vivência deste tempo jubilar: o de uma fiel criatividade de cada geração, que sabe que não deve fundar-se em coisas ou tradições do passado, assessórias ou mesmo obsoletas, mas na Rocha firme que é Cristo (Mt 7, 24-25); Ele é o fundamento da vida de cada um/a. E Jesus para Teresa é o Cristo Vivo, que em sua Sacratíssima Humanidade (Vida 22,7-9) nos revela quem somos nós, que diz que não somos ocos por dentro (Caminho 28,10), mas imersos no Mistério do Deus Trindade-Amor.

Teresa então leva-nos a descobrir que viver em amizade com Jesus leva à descoberta da suma Verdade (Vida 40,3-4). Começar “de bem em melhor”, então, significa partir desta verdade, fundamental para cada ser humano, fonte de sua dignidade e de sua beleza, e dizer com a vida que vale a pena seguir o caminho traçado por Teresa. Assim, cada Irmã fundamentada no mandamento do amor que se faz serviço (Jo 13,35), colabora para que o testemunho orante comunitário de uma comunidade de contemplativas Carmelitas Descalças na Igreja, de forma escondida ao mundo, cumpre a sua missão: recordar o chamado à comunhão com Deus (GS 19), dizendo às pessoas que se aproximam de vocês do grande bem que existe numa vida orante (Caminho 20, 4).

Que todas, vivendo o jubileu de 70 anos de fundação do Mosteiro mantenham viva a profecia de uma existência doada ao Reino (VDQ 6), na alegria de pertencer à família fundada pela Santa Madre Teresa.

Ao concluir, peço ao Senhor abençoar aos seus familiares, amigos e benfeitores por intercessão da Virgem do Carmo e de São José e de todos os nossos Santos.

Com paterna estima,

Fr Saverio Cannistrà OCD
Prepósito geral